Os autores deste jornal virtual cumprimentam todos os que passam os olhos pelos assuntos destas páginas.
O desafio para participar neste Blog foi-me lançado pelo Francisco, colega das andanças da Escola Superior de Educação do Porto.
Segundo ele, este espaço pretende ser um ponto de encontro de professores.
Por isso cá vai um desabafo...
Eu, o Francisco, e milhares de outros professores, apostámos na requalificação da carreira docente.
Foram dois anos de muito sacrifício e muito cansaço.
Após um dia de trabalho nas nossas escolas, lá íamos nós, voltando aos tempos de estudante, assistir às aulas até às 10h 30m. Para não falar nos imensos trabalhos pedidos para as várias disciplinas e nas horas de trabalho extra que isso representou.
Durante esses dois anos, todos nós, pusemos um pouco de parte a nossa vida pessoal e todos os tempos “livres” deixaram de ser “livres”, havia sempre um trabalho para fazer, uma apresentação para preparar. O empenho com que cada um de nós preparava e apresentava os trabalhos, era recompensado pelas notas.
Os milhares de horas em frente ao computador, de estudo, de leitura, as aulas até tarde, o esforço, o cansaço, pensávamos nós, tristes iludidos, que iam ser, afinal, recompensados, não só pela recolocação na carreira, mas que a tão falada e apregoada nota ponderada nos ia servir de alguma coisa nos concursos, afinal todo aquele esforço tinha sido recompensado, alguns de nós conseguiram melhorar a nota!!!
Mas, se no ano lectivo passado até que serviu de alguma coisa, este ano a Sra. Ministra tirou-nos o tapete dos pés.
Contei ao Francisco que a nota ponderada do curso não me ia servir de nada para o concurso deste ano e ele nem queria acreditar!
Por acaso, o meu curso, e também o do Francisco, é Administração Escolar e Administração Educacional, e por acaso, até sou Coordenadora da Escola.
Mas, como alguém dizia:
- É a vida