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Terça-feira, 25 de Março de 2008
Ecos da Escola
Na minha vida profissional ainda a escola não estava atafolhada de papelada como parece acontecer nos dias de hoje. As ginásticas dos governantes têm sempre na mira as boas estatísticas para não fazermos figuras tristes de atrasados em relação aos restantes países da Comunidade. No passado até diziam que tínhamos de alinhar no pelotão da frente, mas agora já era muito descaramento virem com esse slogan.
Se no passado essas estatísticas eram tidas em conta, agora são esmiuçadas até ao tutano.
Eu conto. Era Roberto Carneiro ministro da Educação quando despachou que todos os alunos que frequentavam o 1º ano teriam de transitar para o 2º ano não havendo lugar a retenção. No fim do ano lectivo grandes parangonas saíram na imprensa vindas do ministério a dizer que a percentagem de reprovações tinha diminuído significativamente no 1º ciclo. Tirou assim um coelho da cartola, pudera, e ficou todo feliz.
Bem, mas agora a coisa é demais!... Alunos faltosos que podem ser repescados com aproveitamento. Os professores são também avaliados em função do aproveitamento do aluno, portanto a regra será o facilitismo, laxismo segundo Marcelo R. Sousa. E depois aqueles diplomas que Sócrates anunciou, por competências!... Enfim, a embrulhada é grande!...
Assim o sumo do ensino vai-se esfarelando com aparências no presente mas com o futuro muito incerto.
Fiquem bem, antonio
Não, meu caro, engano teu. O futuro não está muito incerto, como dizes. Está bem certo e definido. Está bem delineado. Olha, posso dar-te um conselho: começa já a pensar no processo de socialização e de ensino/aprendizagem dos teus netos para não seres apanhado de surpresa. Eu já não sou. Aquele abraço do Francisco.
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