Os autores deste jornal virtual cumprimentam todos os que passam os olhos pelos assuntos destas páginas.
O 9º C do Carolina, em grande!...
Este blogue em que participo não é um meio de comunicação de massas e ainda bem senão também era acusado de estar a inflacionar um acto de indisciplina sim, mas onde não houve pinta de sangue!...
Talvez por aquilo ter acontecido numa escola que as nossas mentes ainda retêm de ser a coqueluche da cidade do Porto, Carolina Micaëlis, onde o corpo docente dava cartas. Há dias na televisão um conhecido comentarista dizia: ainda bem que a minha mãe, que foi lá professora, já não está cá!...
Mas se descermos à terra temos que admitir que o caso foi demasiado empolado não só pela comunicação social como até por entidades do poder, como a procuradoria da República. Bem, também constatamos que o ME se fechou ou distorceu a realidade. Alguns professores ainda mandaram uns bitaites como Charrua mas a ordem foi para fecho eclaire a começar pela DREN.
Sejamos razoáveis, todos se portaram mal desde os putos na sala até à comunicação social sempre ávida de sangue e chegando às estruturas da escola, DREN e ME.
O 9º C saiu fora das marcas, é verdade, mas quem não se lembra daqueles estudantes que mostraram o cu, nádegas se preferirem, à ministra Ferreira Leite?!... E aqueles batentes da nossa praça que fizeram das suas quando passaram pelos bancos da escola. O JN há dias, no calor do caso da escola Carolina trouxe à ribalta algumas patifarias desses self made man que hoje lideram as mentalidades, no entanto todos frisam o respeito pelo mestre.
Em conclusão podemos admitir que este caso foi uma mais-valia para avivar um assunto que andava adormecido pelo ME – a autoridade do professor – tema que parece estar agora em cima da mesa.
PS: Rangel diz no Correio da Manhã: "espero e desejo que aquela aluna, que gritava à sua professora à medida que a ia esfrangalhando, seja expulsa". Não Sr. Rangel a aluna foi castigada mas não expulsa. O Sr. também não gostaria de ser expulso do jornal lá por ter dito cobras e lagartos dos professores, pois é, foi verrinoso para esta classe e agora vem de mansinho colocar-se ao lado da prof.
Fiquem bem, antonio
E tudo teria sido bem mais simples se a professora tivesse:
1-Parou a aula. Meus amigos, dado que houve aqui um desrespeito a uma regra instituída, vou ter de agir.
2-Aluna fulana, visto que quebrou uma das regras do uso de telemóveis nesta escola, em contexto de sala de aula, sou obrigada a expulsá-la da sala. Faça o favor de se retirar.
3-Bloco de apontamentos numa mão e caneta outra-Registo sumário da ocorrência, apenas com nome e número da aluna, turma, ano, sala dia e hora.
4- Retoma da aula-Com o pedido de desculpas aos alunos pela interrupção, era retomada a normalidade da actividade, fosse ela livre ou não.
5-Comunicação da ocorrência-Finda a aula, era entregue no órgão de gestão a comunicação da ocorrência.
O restante seria única e exclusivamente assunto interno, da competência do Conselho Executivo. O único atenuante que encontro para esta professora é o facto de esta e todos os professores do ensino público estarem a trabalhar pelos cabelos, aturando tudo e mais alguma coisa e engolindo elefantes vivos. Mas assim com exemplos destes ninguém sai beneficiado: nem o sistema, nem os docentes, nem os alunos. Ninguém mesmo. E a estrutura educativa, já com problemas que cheguem, vai ficando prejudicada na sua imagem pública. Só tenho de dar uma palavra de conforto à colega que não conseguiu resistir e partiu para uma tentativa de ter nas suas mãos um património que não era seu. O que era seu e estava ao seu alcance usar era o Regulamento Interno(RI). Para esta e todas as situações que ultrapassem o RI. Saudações pedagógicas do Francisco.
Pois, pois, Franc deveria ser como dizes se a prof. confiasse nos orgãos directivos da Escola e se estes confiassem nas estruturas que lhe estão por cima, DREN e ME. A prof. ao não comunicar inicialmente deve-se ao facto de não se querer meter em alhadas maiores. Nós já por lá andamos e sabemos como é que tudo isto funciona. O azar maior para todos foi a acção do artista, leia-se, cineasta.
Temos que nos interrogar, já o sabemos, o motivo deste engolir de sapos pelos prof.essores. Como já falei o tapete tem sido tirado ao corpo docente, aqui incluo também os funcionários.
(antonio)
Meu caro, quando eu não confio em quem me recebe uma exposição ou participação, apenas tenho de fazer uma coisa: levo cópia e peço para autenticarem no acto da recepção para funcionar como recibo e para servir de prova futura. Sempre assim fiz quando muitos, mas mesmo muitos docentes me entregaram relatórios que ninguém leu e que iriam ser postos num armário do estabelecimento onde toda a gente tinha acesso. Muitos colegas mas mesmo muitos consideravam que era uma desnecessidade, que o Francisco só perdia tempo com aquelas coisas, enfim...Não é preciso DREN's nem ME's para nada. Os órgãos de gestão dos estabelecimentos, leia-se conselhos executivos, têm regulamentos do aluno e do estabelecimento para fazer cumprir. Os elementos desses órgãos não dão aulas. Apenas gerem e não gerem nada, porque trabalhar faz calos e dá muitas dores de cabeça. É melhor deixar correr o marfim e depois, quando começa a trovejar, ai valha-nos Santa Bárbara. Tomara os directores e coordenadores de estabelecimento terem à sua mão um estatuto de aluno que lhes permitisse punir no 1.º ciclo desrespeitos às regras e aos RI's. Quanto ao cineasta e a toda a movimentação que se gerou, é evidente que encontramos explicação na psicologia das massas. Saudações bloguistas do Francisco.
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