Com que então, já ninguém se lembra da rádio escolar, não é verdade? Ou é verdade que ninguém lê este espaço? Pois eu lembro-me muito bem. E lembro-me da rádio escolar enquanto aluno do ensino primário e, posteriormente, como docente, entre 1971 e 1974. Da rádio escolar como aluno, estou a ver o professor Vergueiro a pôr o rádio em cima da secretária, a pedir-nos (ou seria exigir-nos) silêncio e estou a ouvir a música anunciadora do programa (que era sempre a mesma) e estou a lembrar-me da atenção que dava ao que ouvia. Sim, porque em 1959 e nos 4 anos seguintes, ter rádio não era como hoje. Ouvir outra voz na sala de aula que não a da professora Aninhas, ou do professor Vergueiro, ou do professor Romeu, ou do director Martins, era um acontecimento. Estávamos em pleno Estado Novo. E para que serviria uma rádio escolar senão para propagandear o regime? E para que serviria uma rádio escolar senão para enaltecer os valores da trilogia Deus, Pátria e Família? Por hoje, falo-vos apenas da rádio escolar enquanto aluno. Saudações recordativas do Francisco.
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