Estou indignado! Estou revoltado! Estou furioso! Então não é que, quando dou por ela, estou num país que tem pessoas, ou pelo menos uma pessoa, com termo de identidade e residência, obrigado a apresentar-se periodicamente numa esquadra da PSP.... Ei, esperem aí! Então não foi numa esquadra da PSP que este homem de que vos estou a falar, sacou do revólver e disparou só 3 balázios para cima do colega do lado que, por acaso, estava a formalizar uma queixa contra ele? E vai daí, o senhor doutor juíz manda-o em liberdade aguardar sentença, com aquela medida de coacção de ter de se apresentar numa esquadra... Então não é nas esquadras da PSP que aquele cowboy se sente mal e começa a disparar uma arma de fogo sobre quem lhe apetecer? E o senhor doutor juíz, por acaso não é seu irmão, nem seu pai, nem filho, nem genro, o cavalheiro que está mais para lá do que para cá, que, se sobreviver, não vai ficar com a mesma saúde que tinha? Que pena!!! Teria interpretado a lei da mesma maneira? Ei, esperem aí, a lei é para ser interpretada ou para ser cumprida? Onde é que eu aprendi que a lei é cega? Ah, já percebi: o senhor doutor juíz interpretou que aquele cavalheiro que enfiou 3 balázios noutro, ao balcão de uma esquadra da PSP, não é indivíduo perigoso? Pois, até é capaz de ter razão pois o perigoso sou eu, o reaccionário sou eu, que sou o filho, o pai, o genro, o irmão ou outro familiar do atingido. Ai senhor doutor juíz. Eu sei que é que lhe fazia a si. E garanto-lhe que você aprendia, duma vez para sempre, a exercer a justiça em Portugal, como de pessoas da sua família se tratasse. Mais mal era da sua família que não tinha culpa nenhuma da sua inteligência... E estou a exagerar? Talvez. Talvez esteja. Mas se estou a exagerar é por defeito. Sabem porquê? Sabe porquê, senhor doutor juíz? Simplesmente porque para certas pessoas como você só mesmo a justiça salomónica. E mais não digo. Vou tentar escolher para este desabafo o tipo de letra mais tenebroso que exista.
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