Acabei de ver a entrevista que Judite de Sousa fez à Ministra da Educação na RTP. Não gostei. E posso dizer porque não gostei. Em primeiro lugar não gostei de ter ouvido muitas vezes, duas pessoas a falar ao mesmo tempo. Não percebi muita coisa que foi dita, quer da parte da entrevistadora, quer da parte da entrevistada. Em segundo lugar não gostei da forma acelerada como ambas falaram. Só desaceleraram a forma de falar na parte final da entrevista, muito provavelmente devido ao cansaço acumulado. Compreendo que a entrevistadora tivesse vontade de fazer muitas perguntas. Também compreendo que a entrevistada, como política no activo, tenha vontade de não perder o uso da palavra para fazer passar a sua mensagem. No final, os que querem ser esclarecidos é que perdem. E por falar em vontade de fazer muitas perguntas, há pelo menos uma que não foi feita: a questão das quotas, ou seja, aquela questão dos antigos numerus clausus, ou seja, no final, os dois docentes tiveram uma avaliação excelente mas só há lugar para um. Para mim, Judite de Sousa preocupou-se excessivamente com possíveis reacções, avanços e recuos. Tantos casos concretos tinha Judite de Sousa obrigação de apresentar à Ministra da tutela. Podia ter sido melhor. Eu esperava melhor. Quanto à Ministra, senti-a segura. Passado o nervosismo inicial, com vontade de não deixar fazer perguntas, senti que esclareceu o que lhe foi apresentado. Penso que não lhe foi apresentada uma entrevista difícil e complicada. A sua tarefa ficou, assim, facilitada. Saudações docentes do Francisco.
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