Acabei de ver e ouvir hoje, 2.ª feira, 15 de Junho de 2009, mais uma cena de uma novela. Esta cena passou-se na Comissão Parlamentar de Inquérito, onde ainda está, neste momento, a ser ouvido o Senhor Governador do Banco de Portugal. Entretanto, eu, que nunca gostei de Corin Tellado, sou obrigado, diariamente, a ler, a ver e a ouvir cenas desta já longa novela. Isto que estou a escrever mais não é do que um desabafo. O desabafo de um cidadão português que já perdeu a paciência. Serei o único? Se me disserem que eu não sei fazer uma acta ou dirigir um ofício ou fazer um relatório, estão a chamar-me burro e analfabeto. Então não é que acabo de ouvir o Sr. Governador dizer que os senhores deputados já revelaram, em declarações anteriores, nada perceberem do assunto? Pudera, Jacques de la Palice, não diria melhor, pois se os deputados fossem experts na matéria, já teriam encontrado motivo de incriminação e não teriam necessidade de estar a prolongar a novela por tantas cenas indesejáveis. Se eu tivesse autoridade, já tinha dado prazo para ver este assunto encerrado. Como não mando nada, resta-me utilizar o voto para castigar quem eu acho que está mal. Mas, sinceramente, ainda tenho nos ouvidos aquela declaração do senhor governador a dizer que já sabe que lhe vão fazer questionários infindáveis, à maneira inquisitorial e até à exaustão. Exausto já eu estou, Senhor Governador. O Senhor Governador estará acima da lei? Não haverá, neste país, quem diga, publicamente, a deputados e a governadores, que este não é um país de brincadeira? Haja respeito senhores.
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