Leio esta notícia publicada no PÚBLICO de 6 de Novembro de 2010 e não posso deixar de reagir. A minha reacção foi sentir na pele o que sentirá aquele director. É difícil senti-lo. Só quem lá está ou quem por lá passou pode experimentar o turbilhão de sentimentos que irá pela cabeça daquele homem. Poderia ter sido uma mulher, não? Perdeu a cabeça aquele homem... Deve ter estragado uma carreira e uma vida de trabalho mas não aguentou. Se tivesse aguentado e não tivesse ligado nenhuma, uma vez mais, ao que tinha acabado de ser ouvido por si e por outros à sua porta de trabalho, teria sido considerado, uma vez mais, um tótó, em mole, um tolerante, enfim... Mas como reagiu, como não aguentou, estragou a vida dele. Estou solidário com este homem que deve ter enchido o copo naquele momento e reagiu. Estou solidário com este homem que tem o azar de ser um professor com responsabilidades na direcção de um estabelecimento escolar público e português. Estou solidário com este homem que é sempre preso, quer tenha quer não tenha cão... E neste particular, já havia por perto (dele) muita gente pronta a ver o que ainda não tinha sido visto. Foi assim, desta maneira, mas está visto que as colegas que viram este episódio estavam prontas a ver outro qualquer que o incriminasse. Era uma questão de tempo e de oportunidade. Bem podem estas colegas limpar as mãos à parede pelo lindo serviço que fizeram e estão ainda a fazer. Há, para elas, um ditado muito oportuno: não te rias do teu vizinho que o teu mal vem a caminho. Estou triste...
PÚBLICO DE 6 DE NOVEMBRO DE 2010 |
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