Zeca Afonso faleceu há vinte anos. Ouvir a sua voz, entender a sua música de intervenção, compreender os seus poemas, enfim, conhecer o combatente é indispensável. Houve um 25 de Abril em 1974, é certo. Isso todos o sabem. Nem todos conhecerão, contudo, a obra e o contexto em que ela se produzia, de pensadores como José Afonso e muitos outros. Enquanto os mais novos deveriam conhecer melhor a História Contemporânea, os mais velhos, como eu, cumprem o seu dever a assinalar efemérides como esta.
DIA EUROPEU DA VÍTIMA DO CRIME
Não direi que se comemora hoje esta efeméride. Prefiro dizer que se dedica o dia de hoje a reflectir sobre este assunto.
Saudações pacíficas do Francisco.
Com a devida vénia do blog "Nortadas" e com o título em epígrafe vou aqui mostrar-vos a situação do nosso país quanto ao crescimento económico. Não é nada de novo, pois a imprensa já fez eco mas é sempre bom olhar para estes números, reparem:
Média de crescimento na UE......... 3%
Espanha.............................................. 3,8%
Eslováquia........................................... 8,1%
Portugal................................. 1,2%
Agora façam os vossos comentários mentalmente ou explícitos. Precisamos de mais um 25 de Abril? Bem, mas naquela altura os militares encontraram graveto nos cofres apesar de pouco tempo antes Marcelo Caetano nas conversas em família ter dito que estavamos no tempo das vacas magras. Lembram-se os mais maduros?
Sejam felizes, antonio
Desde o início deste período lectivo as substituições de professores passaram a ser feitas através de concurso aberto pelos Conselhos Executivos das Escolas ou Agrupamentos uma vez que acabaram as colocações cíclicas. O trabalho burocrático para as escolas aumentou imenso pois, por vezes, surgem várias centenas de candidatos para uma vaga a concurso.
Não seria este trabalho mais eficaz com a máquina do ME já oleada? Será que num país onde quem "não tem conhecimentos" não passa da capa torta não estaremos sujeitos a arbitariedades? A propósito sugiro a alitura de http://escola-da-setora.blogspot.com/2007/02/concursos-faz-de-conta.html e http://educar.wordpress.com/2007/02/13/para-o-abismo-e-depressinha-por-favor
Aqui há uns anos quando era prof. fiz, com uns amigalhaços de profissão, por duas vezes, a viagem pela linha do Tua. Iamos aqui do Porto na linha do Douro até à estação do Tua e aí apanhavamos a via estreita - linha do Tua. Da primeira vez ainda o comboio chegava a Bragança, ficamos por Romeu. Na segunda fomos até Mirandela terminus da linha. Era ainda o comboio - máquina a diesel que puxava uma carruagem que fazia as delícias sobre a vista soberba ao longo do rio. Podíamos, podiam os turistas, caçar as melhores imagens através das janelas que se podiam abrir. Aqui não havia tempo para ler o jornal como numa viajem Porto-Lisboa, mas antes sem perder pitada, observar a paisagem. Agora temos sobre carris um autocarro, dão-lhe o nome de metro, com a modernidade do ar condicionado mas redutor no pitoresco.
Franc. que também andou pela linha do Douro, mas não passou pelo local do crime, sabe bem do bucolismo destas linhas férreas. Atempadamente fiz-lhe ver a espectacularidade da linha do Tua, agora posta ao conhecimento, por razões trágicas, de todo o país.
Antes deste acidente acontecer tinha já programado com um bacano que fez comigo a guerra colonial percorrer mais uma vez esta espectacular linha lá para a Primavera. Espero que os nossos desejos se realizem e que este grave descarrilamento não seja motivo para a fechar, antes melhorá-la e assim homenagear os nossos antepassados que há 120 anos cavaram a pá, picareta, dinamite e muita força humana a escarpa em toda a extensão da linha.
PS: A chegada do comboio, há 120 anos, a Trás-os-Montes foi um acontecimento que nós hoje à distância não sabemos compreender. Ainda não havia meios rodoviários - o primeiro automóvel entrou em Portugal em 1895. As pessoas andavam horas a pé para apanharem o comboio na estação mais próxima e assim chegarem à civilização urbana - Porto ou Lisboa.
Sejam felizes, antonio
Há dias vi no JN uma notícia do género "Av. dos Aliados vai ser salão de baile". E no desenvolvimento da mesma dizia-se que iam ser montados carrossel, insufláveis, barracas de pipocas e quejandos. Como é sabido há uma chispação entre o JN (e também do Público e P.J.) e R. Rio, pensei que fosse uma notícia tendenciosa, longe de mim pensar na veracidade da mesma que só peca por defeito.
Franc. alertou-me que passou pelos Aliados, creio que de cu tremido, e que observou a instalação da brincadeira. Vai lá e fotografa, diz-me ele. Não é tarde nem é cedo, chovia que Deus a dava, meti pés a caminho, boné de pala dos chinocas, guarda-chuva também podia ser mas não, é artigo nacional, digital pronta a disparar e aí vou eu ao terreno registar esta palhaçada. Agora só falta Rio e os seus conselheiros trazerem no próximo Verão a Feira Popular para este nobre lugar que já foi sala de visitas do Porto. Então Rio poderá ter aí à mão o Rei das Farturas, o Rei das Iscas, o Rei dos matraquilhos!... Sim porque o Rei do mau gosto já está na Câmara
Sejam felizes, antonio
O anonimato é, realmente, a capa agradável que protege. Apresentar ideias, debater princípios, discordar de opiniões, esgrimir argumentos é, realmente, uma tarefa que dá trabalho e deste, nem todos gostam. Bem sei que se eu disser que sou fr iludi o anonimato embora não tenha feito mais que o camuflar. O alimento dos blogs são, de facto, os comentários que vão aparecendo. Todavia, uma coisa eu tenho a certeza: comentar não é chamar nomes a ninguém e muito menos ser grosseiro(a). Outrora, a censura não nos deixou comentar. Agora, a falta de educação leva-nos a tecer um único comentário: é lamentável. Tenho dito. Francisco Rodrigues
Era eu ainda criança e lá pela minha aldeia havia gente verdadeiramente necessitada. Não havia reformas e as pessoas mais frágeis resignavam-se à sua condição de gente com graves carências nem sempre colmatadas pelos familiares também eles depauperados. Salazar tinha dito aos portugueses “livro-vos da guerra mas não da fome” e o povo agradeceu. Havia pobres e esta palavra tem uma carga forte, que andavam a pedir, esfarrapados, de terra em terra, ou porque a sorte nunca os bafejou ou então porque situações adversas se cruzaram nas suas vidas. E aqui estou a recordar-me daquele que ainda conheci, era conhecido por “meio quilo”, a estender a mão pelas festas e feiras das redondezas depois de ter esbanjado toda uma riqueza passageira que granjeara nas minas de volfrâmio de Arouca. Chegou a ter no pós-guerra dois automóveis com chaufer além de propriedades e muita guita. Deambulava na sua volúpia para o casino de Espinho onde, segundo se dizia, a sorte lhe foi madrasta. Aqui abro um parênteses para dizer que o extinto Café Paladium que conheci, na R. Santa Catarina esquina com a Rua Passos Manuel(Porto), onde hoje funciona um pronto a vestir duma cadeia internacional e a FNAC, era um local de negociatas do volfrâmio. Abro novo parênteses para num acto retrospectivo lembrar aquele amplo café com entrada de portas giratórias, tinha também salão de chã e na parte superior muitos bilhares.
A foto em baixo que obtive aqui no Porto é uma amostra da pobreza de hoje na cidade. É outro tipo de carência talvez afectiva, envergonhada, mas que já não é o pobrezinho esfarrapado da minha infância. De indumentária à maneira, este estende a mão de luvas, pois claro. Podíamos ser levados a especular que o nível social dos pobres da cidade está elevado mas não vamos por aí senão teríamos de admitir que o crescimento económico do país está nos tops e isso só acontece com os arrufos optimistas ou miserabilistas conforme as circunstâncias, pontuais, do ministro Pinho!...
Saudações, antonio
Neste dia temos oportunidade de reflectir um pouco mais sobre uma situação que nos pode apanhar a qualquer momento e sobre os que já foram apanhados por essa situação.
Saudações saudáveis do Francisco.
Tal como no blog "magisterio" também aqui quero deixar a minha opinião, respeitavel como todas as outras, com a vossa anuência certamente.
Uma questão que devia ser consensual na sociedade é motivo de aguerridas oposições que em vez de elucidar só baralham as consciências. Se as pessoas mais qualificadas divergem como poderá o povo, onde me englobo, ter uma atitude esclarecida!... Então tenho uma saída, nada dar para este peditório.
Até a igreja se põe em bicos de pés com atitudes fundamentalistas de alguns, do género comparar o aborto à morte de Saddan ou a excomunhão dos afirmativos. Eu sou daqueles que não reconheço autoridade à igreja para falar deste tema enquanto os membros eclesiásticos não forem casados e se mantiverem teóricamente celibatários!... De atitudes moralistas estamos fartos.
Parece que só aqueles padres que já arrumaram o missal na sacristia é que podem falar claro como aquele que hoje vem à estampa no JN.
Façam por ser felizes, antonio
Ao comemorar-se hoje o Dia Internacional da Internet Segura, temos mais uma oportunidade de repensarmos a internet e a sua utilidade e utilização.
SEGURANÇA DAS CRIANÇAS NA INTERNET |
Como somos professores, uns ainda no activo outros como eu já fora do baralho é giro vermos esta notícia de Penafiel mais propriamente de Paço de Sousa.
C/as minhas saudações, antonio
O Ministério da Educação (ME) criou o «Prémio Nacional de Professores», para distinguir o melhor de entre quase 150 mil docentes portugueses. Os professores retaliam e criam o Prémio «Pirata da Educação».
«Decidimos entrar pela ironia para responder a essa afronta», explica ao PortugalDiário Mário Nogueira, dirigente do SPRC (Sindicato de Professores da Região Centro).
O ME decidiu atribuir um prémio pecuniário ao melhor professor português depois de «ter passado um ano a insultar os professores e de ter aprovado um Estatuto de Carreira Docente (ECD) que é uma afronta. As pessoas percebem que este prémio é uma forma de tentar encobrir o facto de o mérito na profissão ter sido trucidado por uma lógica economicista e por isso estão indignadas», diz o dirigente sindical.
«O prémio é uma farsa. É uma impossibilidade saber qual, entre quase 150 mil docentes, qual é o melhor. Logo à partida, o facto de o júri ser composto por membros do Ensino Superior tira a credibilidade ao prémio», acrescenta.
Os professores decidiram então retaliar e o SPRC criou o Prémio «Pirata da Educação», que «pretende distinguir a figura que, na opinião dos docentes da região centro, terá sido a mais sinistra da educação em 2006».
Além do «prémio principal de sinistralidade», os docentes vão ainda atribuir quatro «Menções Vergonhosas». Os candidatos ao prémio e menções não estão ainda definidos mas não restam dúvidas que o nome da ministra Maria de Lurdes Rodrigues e do secretário de Estado Valter Lemos.
Além destes, as nomeações poderão ir «do primeiro-ministro, à equipa ministerial de Educação e até um ou outro comentador», avança Mário Nogueira.
Uma «festa ao estilo dos Óscares»
Os objectivos, composição do júri, categorias das Menções Vergonhosas, forma de auscultação dos docentes e todos os restantes pormenores do prémio estão a ser discutidos pelos professores e vão ser divulgados pelo SPRC no próximo dia 6 de Fevereiro.
A «pompa e a circunstância serão garantidas pela presença de toda a Comissão Executiva do SPRC». Em princípio, a entrega dos prémios vai realizar-se na «Noite do Professor», um evento que o SPRC promove todos os anos em Junho, e «vai ser uma festa ao estilo dos Óscares».
Resta saber se os candidatos aos prémios vão sentir-se honrados com a nomeação e se irão até à festa receber os galardões.
Fonte: PortugalDiário
Já que mandei umas bocas foleiras sobre a não participação de autores do blog, apresso-me a arrasoar aqui umas larachas antes que me atirem à cara que também sou um balda. De facto tenho sido mais assíduo noutro blog onde de quando em vez tenho mandado umas patacoadas.
A troca de saberes é sempre salutar, então hoje quero aqui deixar esta panorâmica da cidade do Porto. Cacei esta imagem a partir da Rua Chã que no tempo do Marquês de Pombal era habitada pela aristocracia, no consulado fascista virou logradouro de meretrizes (quem ainda se lembra dos Cafés Derby e Royal onde a mercadoria era exposta!) e actualmente está entregue ao comércio da chinesada. Rua Chã ali perto da estação de S. Bento onde chegavam os "parolos" vindos do Douro no comboio a vapor e que se deleitavam com o ambiente feminino dessa rua. Tristezas não pagam dívidas é um aforismo que se pode aqui aplicar a esses visitantes que vinham encher o ego.
Podemos desfrutar a beleza da imagem com a inconfundível Torre dos Clérigos, ex-libris da cidade. Em primeiro plano vemos a remodelada Av. D. Afonso Henriques, vulgo Av. da Ponte com as bocas do Metro - linha que passa por baixo que liga Gaia ao Polo Universitário. O casario, muito a cair de podre, qual Havana de Fidel, ainda não teve uma intervenção global de recuperação.É pena, senhores guardiões da autarquia, que quem vier que feche a porta!... Após o 25 de Abril a recuperação, aos bochechos, da zona histórica foi entregue ao CRUAB. Agora extinguiram-no e temos O PORTO VIVO. Se foi só uma mudança de nomes mal vai. Estou a lembrar-me da antiga JAE que mudou de nome por ordem do ministro Cravinho quando o seu ex-director General Garcia dos Santos soltou a lebre da corrupção (parece que ainda foi fustigado pelo então ministro por não estar caladinho). E anda agora Cravinho feito paladino da anti-corrupção!...
Lembro-me aqui e com que saudades dos tempos em que eu chegava também de comboio vindo de Vila Viçosa quando andava a estudar p´ra padre e solicitava o serviço de uma carrejona (havia por ali tantas) que a troco não sei quanto, mas que não iria além de 5$00 pois um almoço na extinta Adega do Sardão na Rua Duque de Loulé andava pelos 7#50, me levava a mala de cartão, sim senhor, à cabeça equilibrada numa rodilha pela Rua do Loureiro, Cimo de Vila, Batalha, Entreparedes até à garagem Galiza na Avenida Rodrigues de Freitas onde apanhava a carreira para a minha aldeia!
As carrejonas, que disputavam o serviço com os carros de praça (quase todos Mercedes 190), e a garagem já desapareceram do mapa. As ruas são as mesmas com outros actores. Na Batalha D. Pedro V mudou de sítio. Ah, e o comboio já não fumega!...
C/as m/saudações, antonio
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