Às vezes dou por mim a ir atrás buscar memórias dos primeiros anos em que comecei a trabalhar no ensino. Ainda a revolução dos cravos (leia-se 25 de Abril de 1974 para os mais novos), estava na barriga da mãe e os militares portugueses andavam por terras africanas, entre o capim, à procura dos “turras”. Por cá Marcelo Caetano, chefe do governo, andava incomodado com as agulhadas dos cabos de guerra Costa Gomes e Spínola, este com o livro “Portugal e o futuro”, que lhe queriam fazer a cama, mas por outro lado confiante no apoio da velharia dos generais da brigada do reumático que lhe davam palmadinhas nas costas.
Tive o privilégio de no primeiro ano ir parar a uma escola, na imagem, que ficava no lado poente do jardim do Passeio Alegre com vista soberba sobre o Rio Douro e o mar. Hoje já não funciona como escola mas o edifício está lindamente remodelado, pertence à Câmara Municipal do Porto. Há uns anos, ao tempo da vereadora Ernestina Miranda pensou-se fazer lá o museu da escola primária, a coisa abortou com a mudança camarária e as trapalhadas que envolveram a edil sobre contas mal paradas, e foi pena pois entretanto certamente muito material vai-se perdendo.
Leccionei aí uma 4ª classe, designação da altura, e no final do ano estava prestes o exame que ia ser feito por um jurí na Escola do Bairro da Fonte da Moura. Na altura a coisa fiava fininho, era a sério! Parece que agora querem pôr termo à bagunça mas já vai um bocado tarde! Como tinha um aluno tremido, estava eu na dúvida se o devia ou não propor a exame eis que me aparece a avó que na conversa choradinha, pois queria o bem do netinho, me suplicava para eu o propor a exame. Fiquei sensibilizado e perante a minha condescendência a avozinha mete-me na mão, à socapa, uma nota de 20$00 (na altura o JN custava 1$50 só para termo de comparação) que eu recusei simpaticamente mas com dificuldade pois a senhora fazia questão!
Da mesma turma havia um outro aluno com dificuldades, repetente, burro como um calhau segundo o pai entenda-se, que era motorista da DGS – Direcção Geral de Segurança, vulgo PIDE. No ano seguinte topei o cavalheiro no já extinto “Nosso Café” ao Campo 24 de Agosto. O filho dum gaio andava, com o libido à flor da pele, por ali a trincar (papar numa linguagem metafórica e mais tripeira) pela calada da noite a sopeira do palacete que fica ao fundo da Avenida Camilo. Ficava-lhe à mão de semear, pois a sede da PIDE/DGS, hoje museu militar, era ali a dois passos no largo Soares dos Reis. Coisas dos humanos!... Franc. se fizer um esforço de memória, pois marrava também nesse café na fila das mesas destinadas a estudantes como indicava o escrito acompanhado de setinha na parede, porque morava perto, deve-se lembrar deste meu vasculhar de memórias, pois segundo penso, fez parte do júri de exame do filho. São nacos do “puzzle” da vida e que relato aqui apenas, tão só e agora, como ginástica mental!...
E por agora me fico, mas voltarei a falar sobre “O Nosso Café”.
Sejam felizes, antonio
Assinalando-se hoje o Dia Mundial da Doença de Parkison, o mínimo que podemos fazer é pesquisar o máximo de informação possível sobre esta patologia. Assim, a minha lembrança foi nesse sentido ao deixar aqui estas pistas.
Saudações bloguistas do Francisco.
É da mais elementar justiça que se dê conhecimento público das iniciativas culturais da Câmara Municipal do Porto.
Nesse sentido, aqui está a informação que pretendo partilhar convosco.
Saudações culturais.Francisco.
Quando um tipo como eu não tem que fazer, no sentido tradicional de ocupação oficinal, que é a signa de muitos reformados, meto pés a caminho, nada de cú tremido, e ando pela cidade de nariz no ar qual cachorro farejando o cio da fêmea. Com cara de parvinho, pensarão alguns, ou de pacóvio acabado de chegar pela primeira vez à cidade, lá das bandas de Cinfães, enlevo-me a olhar para as cantarias, as sacadas, cornijas e outros artefactos esmeradamente trabalhados em pedra dos edifícios do sec XVIII e XIX. Hoje andei pela Rua de Cedofeita mas antes tinha ido ao aglomerado habitacional da Bouça, limites da Lapa, obra do pós 25 de Abril e só agora completada e que tem o traço do famoso arquitecto. Tinha-me despertado atenção a notícia saída no JN em 8 de Abril, as portas serem demasiado estreitas de tal modo que os sofás têm de entrar pela janelas e escadas demasiado íngremes impróprias para a 3ª idade, mas isso não interessa ao senhor arquitecto como não interessam as alterações que têm sido feitas nos interiores feitas por moradores, jovens arquitectos e de valor no dizer de Sisa. Não dá para a minha compreensão de cidadão de mente sã!...
Desci os Clérigos, nos Leões os mesmos não deitam água e a que está no lago tem cor esverdeada, e entrei nos Aliados e fui farejar, já que falei em canídeos, a secura do “espelho de água” feito à moda da cidade X lá da estranja! Então uns trabalhadores andavam com máquinas a limpar a pedra enquanto que outros lixavam e pintavam o tubo de protecção que nada protege pois qualquer criança pode cair ao menor descuido dos familiares. Francamente as sumidades não vêm ao menos estes perigos!... Não dá para entender.
Para me descontrair fui, não foi a primeira vez, tomar um pingo e um bolo de arroz, com qualidade, ao preço da uva mijona como dizia Fernando Pessa – 0,50 + 0,50 – em plena Rua de Santa Catarina – PÃO QUENTE ROLO DA MASSA – é o seu nome, aconselho, fica entre a Rua da Firmeza e Guedes de Azevedo, é amplo e tem bom serviço. Mera curiosidade: redigi esta treta à mesa do dito.
Sejam felizes, antonio
Se há cento e treze anos estavam registados no Porto duzentos e quarenta e oito mil trezentos e setenta carros de bois.
Se para cada carro eram precisos no mínimo dois bois, pois há casos, hoje pitorescos, em que para transportar uma grande pedra para o Hospital de Santo António foi preciso construir um carro especial de quatro rodas puxado por nove juntas de bois.
Tendo isto em conta, razão teria o famoso arquitecto para construir um tanque para o gado beber em plena Avenida dos Aliados não agora mas sim nessa altura.
Passei por lá hoje e está sem pinta de água. Será problema nas canalizações? Economia de água? Seja o que for é triste numa obra recente!...
As minhas saudações, antonio
Minhas caras e meus caros colegas
Querem fazer uma visita guiada aos Paços do Concelho da cidade do Porto? Então façam o favor de manifestar o vosso interesse através dos comentários a este artigo ou façam os contactos necessários junto do Gabinete do Munícipe no sentido de a organizarem. Como eu já fiz e gostei, queria deixar-vos aqui a possibilidade de visionarem as imagens que eu e outros camaradas da mesma expedição colhemos. Para tal, basta clicar
De madrugada, ainda mal se enxerga, e o seu chilreio acorda os mais dorminhocos, em redor dos antigos ninhos, quatro, que agora estão a reconstruir. É assim por esta altura desde que me conheço a vinda simpática das andorinhas. Elas chegam sempre ao beiral da minha casa velha na aldeia! Percorrem milhares de quilómetros desde a África do Sul para nidificar no hemisfério norte. Como elas sabem que a Primavera chegou com o desabrochar da natureza, as flores e os insectos para se alimentarem! O que teriam para nos relatar se tivessemos a mesma linguagem - as peripécias do atravessamento dos países africanos e por mares outrora nunca dantes navegados!
Como eu gosto das andorinhas!...
Saudações primaveris, antonio
Ora vamos lá ver! Agora é que podemos verificar que fotos é que se registaram na visita que fizemos aos subterrâneos da cidade do Porto, em 28 de Outubro de 2006, através de SMAS da mesma cidade e numa demonstração de que há quem queira ficar a conhecer por dentro e por fora « a mui nobre, invicta e sempre leal cidade do Porto ». Para tal, basta clicar
Acho que só há uma maneira de comemorar esta efeméride e ela é comprar um livro para oferecer ao filho, filha, sobrinha/o e neta/o. Quem fala em livro fala em histórias e nada melhor do que uma história contada olhos nos olhos.
I P L B | CAMINHO | ÉPICO |
Saudações livrescas do Francisco.
Hoje, é realmente com muito prazer que sou obrigado a reconhecer a dedicação de todos os meus colegas a este blog. Têm sido realmente inexcedíveis! Não tenho palavras para realçar o seu empenho na manutenção e divulgação deste espaço. É, de facto, um gosto para quem, como eu, se dedicou a criar este espaço de diálogo e desabafo. Mas desabafo para quê? Está tudo bem! No trabalho, na carreira, nos estabelecimentos escolares, nos impostos, na saúde, etc, etc...O meu sonho foi, efectivamente, realizado: ter muitos colegas a interagir com a ajuda da internet, publicando e comentando neste blog. Ai as novas tecnologias...E assim encerro com este desabafo este meu artigo, despedindo-me com saudações bloguistas. Francisco.
A atitude dos nossos jovens estudantes em Lloret del Mar, Espanha é de lamentar.
Porque é que Portugal só é falado lá fora por distúrbios destes jovens ou da insegurança dos Ralis?!...
Serão casos pontuais como é de norma justificar?!...
Ou são irreverências próprias da juventude que mais tarde vão recordar e descrever com pompa como se fossem uns herois?
Penso que é um mau cartaz para o país.
O caso criou tal desconforto no ministério da educação que segundo fontes credenciadas Maria de Lurdes Rodrigues pensa abandonar o cargo. A pedido de Sócrates parece que está a reconsiderar, mas a coisa está preta!
Saudações, antonio
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