Bela avenida do Porto!
Onde estás? E os teus encantos,
Os relvados, onde tantos,
-Aves, pessoas, crianças-
Com deleite e com conforto,
Saltitavam, descansavam,
Ou brincavam, de alegria,
Quer de noite quer de dia?
Ou em noite de folia
-A noite de S. João-
Dormiam até ser dia
Na tua relva macia,
Felizes de coração?
Onde estás, que não te vejo?
Mas sabes que o meu desejo
Era ver-te e admirar-te!
Ou talvez não! Para quê?
Para quê verde relvado
Para quê tão verde prado
Que enchia os olhos de cor?
Para quê tanta flor?
Agora pedra sem cor,
Sem perfume ou macieza!
Onde está sua beleza?
Se nos quisermos sentar
Ou deitar, para descansar,
Temos pedra, pedra, sim!...
E os banquinhos do jardim
São hoje cadeiras, só!
Cadeiras que metem dó!
As almas dos “Aliados”
Aliadas à beleza
Da menina dos olhos de água
Virão chorar sua mágoa!
E os olhos da menina,
De humildade toldados,
Continuarão a chorar
Lá do alto, a recordar
Os verdes dos tempos idos.
E toda a policromia
Que esta avenida exibia
E jamais serão esquecidos!
Chora, de olhos magoados,
Menina dos Aliados!...
(de Maria do Céu Figueiredo Gomes, da página do leitor do JN de 26/04/2008)
Saudações, antonio
Hoje foi dia de acompanhar o Dr. Hélder Pacheco em mais um dos Passeios da Primavera 2008, organizados pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Porto, concretamente «da Praça D. Pedro ao Palácio de Cristal». Clicando sobre as fotografias, podemos ver dois álbuns fotográficos que procuram registar esta visita de estudo.
Saudações tripeiras do Francisco.
ZECA AFONSO SEMPRE!
Para ouvir as canções seleccionar em «Discografia» (coluna do meio) o que se pretende e na coluna da direita abaixo da capa do álbum aparecendo as canções ouve-se a que se quiser através do «dispositivo de som» (seta de «play»setas de selecção para trás e para a frente). |
Onde estavas no 25 de Abril, é uma pergunta que é feita a este ou aquele político ou a "personas" sociais. Ora bem, não faço parte dessa gente com status mas aqui vai o meu contributo singelo.
Nessa madrugada estava já o coronel Carlos Azeredo vindo de Lamego a caminho do Porto com uma companhia de revolucionários e eu e dois amigalhaços estávamos a leste ali no jardim de Fernão de Magalhães, hoje Paulo Valada, num Fiat 124 a jogar uma lerpinha com música de fundo de Demis Rousses. Não era uma jogatina a feijões mas era como se fosse, uma maneira de passar o tempo.
No próprio dia senti ao vivo o desmoronar do regime. E como? Trabalhava ali a dois passos da Sede da PIDE/DGS( para os mais novos, Polícia de Investigação e Defesa do Estado/Direcção Geral de Segurança) do largo Soares dos Reis. E então vivi o cerco ao edifício por populares, o incendiamento de alguns carros dos agentes ali à beira na Rua António Granjo, a libertação de antifascistas e o aprisionamento dos PIDES que foram levados em camiões militares perante o gáudio dos populares. A coroar toda esta panóplia de acontecimentos assisto a vir à varanda do edifício, de frente para a Rua do Heroísmo, a EngªVirginia Moura, o Coronel Carlos Azeredo e o Dr. Óscar Lopes anunciar a capitulação do regime naquela altura protagonizada pela rendição daquela força política.
Sinto-me pois um privilegiado aqui e agora poder contar o que os meus próprios olhos viram!
Fiquem bem, antonio
Esta é a última hora do dia 24 de Abril de 1974. Esta deve ser uma hora de grande azáfama, de grande nervosismo. Tudo está combinado. É a hora das senhas e das contra-senhas. Não há telemóveis para confirmar tudo. Há a televisão pública, com um canal único, a RTP. Há a rádio, com a Emissora Nacional, o Rádio Clube Português e pouco mais. E há os bufos, os informadores, os suportes do sistema, os abafadores das iniciativas. E há a angústia das famílias com os seus entes queridos no exílo ou nos colabouços destinados a presos políticos. E há o mal-estar generalizado das forças armadas obrigadas a abandonar o lar materno e a ir defender o solo pátrio. E há a revolta das mães que perdem filhos na guerra, o ódio das esposas que perdem maridos nas colónias ultramarinas, a raiva de quem recebia os aerogramas. Tudo isto se acumulou num crescendo de bola de neve para eclodir daqui a pouco. Para gritar bem alto: CHEGA!
Uma das coisas que mais gosto é andar a vagabundear pelo Porto, terra de que me apropriei embora a minha residência não seja nesta cidade. Se no passado pisava diariamente as pedras da calçada como se costuma dizer devido à actividade profissional, actualmente não há também dia nenhum em que não pise solo tripeiro. Andar pelas ruas estreitas, desertas, do centro histórico desviando-me aqui e ali de “polícias” canídeos ou passar na Avenida dos Aliados, sala de visitas da urbe, é o constatar de uma cidade que corre a duas velocidades.
Quando nos englobamos nas visitas que a CMP oferece aos seus munícipes, com a sabedoria de Helder Pacheco ou Júlio Couto, bebemos as transformações citadinas ao longo dos séculos e ficamos basbaques com o antes e o depois. As cidades estão numa viragem constante e aqui paro no tempo e em retrospectiva da minha vida, uma geração, noto como o Porto se transformou sobretudo nos actos sociais:
- os merceeiros que tinham os marçanos que iam de pedaleira levar as compras a casa dos clientes em autenticas acrobacias velocipédicas;
- os gravateiros que paravam ali junto à estação de S. Bento com toda aquela panóplia colorida pendurada à frente do peito;
- os ardinas que anunciavam o jornal e o crime de faca e alguidar que tinha acontecido no dia anterior;
- a bateria de engraxadores que existia na Rua Sampaio Bruno, a da imagem. Havia outra das minhas memórias na Rua de Santa Catarina. Ainda tenho no ouvido aquela chiadeira que o pano de flanela fazia quando o graxa o passava em cima dos sapatos;
- os carrejões, havia mais carrejonas, que levavam as malas ou outras mercadorias à cabeça. Fui um dos utentes destes serviços como já referi numa crónica;
- a madrugadora vendedeira do leite ao domicílio com os típicos canados;
- o castanheiro, com o aspecto rude que vinha lá do interior da terra da castanha, apregoava e vendia-as cozidas que transportava num saco de serapilheira a tiracolo, “quentes e boas!”;
- a senhora que vendia em Santa Catarina rebuçados “são da Régua”;
- E para finalizar em beleza, aquelas vendedeiras de raminhos de violeta tentavam a sua sorte em frente à igreja dos Congregados que num “markting” apurado tentavam os jovens na compra para oferta às namoradas.
Estas são algumas memórias de um tempo. Fiquem bem, antonio
PS: Ah, refiro também os amola-tesouras que ainda há por aí. Anunciavam-se com o xilofone característico e segundo a lenda era sinal de chuva quando apareciam. Na verdade também afiavam as facas. Sim, porque afiações de lápis, passe o eufemismo, havia mais no centro histórico, mas até aí com a desertificação nada já é como dantes. Deixando este trocadilho brejeiro recordo um amola-tesouras que parava junto à porta norte do Mercado do Bolhão. Tinha uma motorizada onde idealizou em engenhosa geringonça montando uma roda de esmeril e uma polie ligada ao motor da bicla. O antigo esforço de dar ao pedal era agora substituído por tecnologia de ponta!...
É, realmente, uma felicidade pertencer ao Curso de 1969/1971 da Escola do Magistério Primário do Porto. É que este ano de 2008, lá estamos nós reunidos a comemorar mais um aniversário de curso, desta vez o 37º. Cá nos organizamos por zonas ou regiões, de forma a terminarmos cada encontro com a aceitação da Comissão Organizadora do encontro do ano seguinte. E este ano de 2008 a organização do evento é da inteira responsabilidade dos colegas de Vila Nova de Gaia. Prometo que vou dando mais notícias à medida que as for recebendo. Saudações bloguistas do Francisco.
20 de Abril de 1985
Carlos Lopes estabelece, em Roterdão, a melhor marca mundial da maratona, batendo em 54 segundos o recorde que pertencia ao britânico Steve Jones.
21 de Abril
Dia do Café
- A lenda mais difundida sobre a origem do café conta que um jovem pastor da Abissínia (hoje Etiópia, na África) percebeu que as suas cabras ficavam agitadas depois de comerem algumas frutas vermelhas de certa árvore. Ele pegou algumas dessas frutas e preparou uma bebida. Depois de bebê-la, observou ter mais disposição para o trabalho.
21 de Abril de 1960
Inaugurada a cidade de Brasília, obra do arquitecto, Óscar Niemeyer, que passou a ser a capital do Brasil, e construída por Juscelino Kubitschek de Oliveira.
22 de Abril de 1500
Pedro Álvares Cabral chega ao continente sul-americano.
22 de Abril de 1640
Nasceu, em Beja, Mariana Alcoforado, religiosa no Convento da Conceição dessa cidade, dita autora das cartas ao cavaleiro francês Noel Bouton, Marquês de Chamilly, que na altura se encontrava com as suas tropas em Portugal, apoiando o país na Guerra da Restauração. Da janela do convento de Mértola e dessa troca de olhares nasceu um amor imediato e profundo, donde nasceram as “Cartas Portuguesas”.
22 de Abril de 1868
Nasceu em São Tomé e Príncipe o compositor e pianista português José Viana da Mota
23 de Abril de 1835
Nasceu, em Coimbra, José Eduardo Coelho, jornalista e escritor, fundador do Diário de Notícias.
23 de Abril de 1936
Criado o “Campo de Concentração do Tarrafal”, em S. Nicolau, Cabo Verde, com o Decreto-Lei 25539, após a reforma dos serviços prisionais. Por lá passaram muitos antifascistas portugueses, arbitrariamente presos e condenados. Os primeiros presos políticos chegaram a 29 de Outubro desse ano. Foi encerrado em 26/1/1954 e reaberto em 24/9/1966.
24 de Abril de 1360
Inês de Castro, depois de morta, foi coroada rainha por D. Pedro.
24 de Abril de 1898
Espanha declarou guerra aos EUA na sequência do ultimato norteamericano, que exigiu a retirada imediata dos espanhóis de Cuba.
25 de Abril de 1974
Dia da Liberdade – “Revolução do 25 de Abril”, que pôs fim ao Esatdo Novo e cujos objectivos eram: Democratizar, Desenvolver e Descolonizar
26 de Abril de 1916
Suicidou-se em Paris, no Hotel Nice, com estricnina o escritor Mário Sá- Carneiro.
26 de Abril de 1974
O major Vítor Alves, responsável político da comissão coordenadora do MFA, apresenta o programa do Movimento que contempla o fim da Guerra Colonial, o estabelecimento de um regime democrático e a garantia da liberdade.
26 de Abril de 1975
O PS é dado como vencedor das eleições para a Assembleia Constituinte com 116 deputados, o PPD garante 81 lugares no parlamento, o PC 30 e o CDS 16.
26 de Abril de 1986
Duas explosões num reactor da central nuclear de Chernobyl, Ucrânia, provocaram o mais grave acidente da história da energia nuclear.
Hoje foi dia de acompanhar o Dr. Júlio Couto em mais um dos Passeios da Primavera 2008, organizados pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Porto, concretamente «da Praça da Ribeira à Praça D. Pedro». Clicando sobre a fotografia, podemos ver um álbum fotográfico que procura registar esta visita de estudo.
Saudações tripeiras do Francisco.
Rádio Escolar
1 - Alguém me sabe dizer o que era?
2 - Alguém me ajuda a contextualizar a mesma?
3 - Alguém me ajuda a identificar o objectivo e a missão?
4 - Alguém quer dizer alguma coisa sobre isto?
Que bom que era eu ter novas vossas! Já repararam que não sei que mais argumentos hei-de utilizar para ter a vossa companhia?
Saudações bloguistas do Francisco.
Hoje foi o 3.º domingo de visitas de estudo. Não há, de facto, razões para não conhecer melhor a cidade do Porto. Ninguém tem desculpa para não aprofundar os seus conhecimentos sobre a cidade do Porto. Embora os Passeios JN com o historiador Germano Silva tenham acabado hoje, os Passeios da Câmara Municipal do Porto com o Dr. Hélder Pacheco ou com o Dr. Júlio Couto continuam. Basta clicar em cima das fotografias para visionar os registos fotográficos destas duas visitas de estudo. Saudações tripeiras do Francisco.
Este é um dos peixes espadas que há por aí na cidade do Porto. Será que não aconteceu nada ao autarca que aprovou isto?
(antonio)
Então no próximo domingo 13 de Abril é mais uma manhã a conhecer melhor a cidade do Porto. Enquanto uns acompanharão, como eu, o Sr. Germano Silva, outros farão companhia ao Dr. Hélder Pacheco e outros ainda ao Dr. Júlio Couto. Tudo nesta cidade do Porto. É ou não é verdade que só não conhece melhor a cidade do Porto quem não quer?
Saudações tripeiras do Francisco e boa visita de estudo para todos.
Rui Rio, presidente da CMPorto foi constituído arguido por um arrumador, era a notícia em caixa de hoje na imprensa e badalada nas televisões.
Bonito, bonito, sejamos perspicazes e pensemos quem estará por trás desta cilada. Quando R. Rio quis acabar com os arrumadores na cidade com um projecto houve quem se lhe opôs (do PS e não só) e há pouco tempo tirando-lhe até totalmente o tapete.
Não morro de amores por Rui Rio a partir das intervenções que fez na Av. dos Aliados, no entanto admiro a sua faceta de separar as águas entre a câmara e o FCP. Afinal até se vê pelos resultados que o futebol não precisava do ombro da câmara.
Eu estou-me nas tintas para as tricas partidárias ou outras, queria era ver esta questão dos arrumadores solucionada, agora que esta tramoia traz água no bico parece não haver dúvidas.
(antonio)
Câmara Municipal do Porto |
Jornal de Notícias |
dmcultura@cm-porto.pt | cultura@jn.pt |
Aqui estão os 2 endereços que podem e devem usar para solicitar vos seja enviada informação sobre as visitas de estudo à cidade do Porto.
Saudações tripeiras do Francisco.
Os meus links