Na CMPorto nem tudo é mau. Organiza graciosamente nos meses de Abril e Maio passeios pela cidade, orientados por gente que sabe da poda, Júlio Couto e Helder Pacheco. São aos sábados. Hoje participei e fui ver a Foz Velha e gostei.Então inscrevi-me, é de borla. O ponto de partida foi na Cantareira e aqui logo a primeira informação preciosa, aquele antigo farol, junto aos Pilotos, tinha a particularidade de ser a fogo, foi o primeiro na Península Ibérica. O Dr. Júlio Couto, que só conhecia dos jornais, foi o condutor desta aula ao ar livre, recomenda-se, até pelas buchas humorísticas que vai metendo a propósito de tudo ou de nada. A Foz Velha que hoje faz parte da malha urbana da cidade, ficava distante, as pessoas diziam: vamos ao Porto. Rua, ruelas, becos, caminhos, escadas e escadinhas ou pequenos miradouros, tudo foi calcorreado por jovens, maduros e terceira idade, admirando as construções dos séculos XVIII e XIX. O perfume dos quintais entrou-nos pelas narinas dando-nos um consolo poético. “Este magnífico pulmão verde” dizia o sabedor Júlio Couto, na Rua de Luís Cabral, está condenado para um condomínio fechado, provocando nos acompanhantes um, Ah! Que pena!
A caminhada finalizou-se no belo jardim do Passeio Alegre onde se pode admirar o Chalé do Carneirinho, o imponente chafariz, estatuetas no lago, o WC de “belle époque”, monumento a Raul Brandão e já agora puxando sentimentalmente a brasa para a minha sardinha, o belo edifício recuperado (já falei nele), antiga escola, onde leccionei no primeiro ano. Foram também feitas referências aos escritores Raul Brandão e Eugénio de Andrade que viveram por ali.
Sejam felizes e fiquem bem, antonio
Os meus links