No passado dia 21 de Maio publiquei um artigo neste blog, relatando um facto ocorrido comigo (enquanto director de uma EB1/JI do Porto), com a subdirectora do mesmo estabelecimento e com o professor Fernando Charrua, da DREN, na qualidade de técnico superior pedagógico incumbido de dar despacho a um recurso hierárquico apresentado por um encarregado de educação de uma aluna do referido estabelecimento que tinha sido retida pela docente da turma e pelo conselho escolar a quem a docente levou o caso, dada a dúvida que a avassalava.
Publiquei este artigo naquele dia pelo facto de ter tido conhecimento no mesmo do nome do professor a quem a DREN tinha instaurado um processo disciplinar.
Como o referi no artigo, ergui de imediato as minhas mãos aos céus e fui invadido por aquele sentimento característico de quem vê ser feita justiça.
Naturalmente, a mediatização que o caso foi tendo provocou uma avalanche de opiniões que, em catadupa, se perfilavam maioritária ou mesmo exclusivamente, pela solidariedade para com o tal docente que estava a ser alvo de tamanha injustiça.
Sentia que, quem me ouvia contar o sucedido, ficava admirado mas não convencido. Talvez o Francisco esteja enganado e não seja a mesma pessoa.
Inclusivamente a família punha em causa a minha memória e questionava se eu estava seguro do que afirmava. Se teria sido, realmente, com aquele docente.
Eu só tinha uma coisa a fazer e fi-la. Peguei no telefone, liguei à minha colega subdirectora e respirei de alívio. Eu não estava nem estou enganado. Confirmou na totalidade tudo o que eu aqui e no artigo de 21 de Maio disse. Confirmou que mal viu a fotografia do docente a quem tinha sido instaurado processo disciplinar se lembrou logo dos breves minutos que o tivemos à nossa frente a insultar-nos não só a nós, pessoalmente, mas também a toda uma classe profissional perante a qual se considera superior. E, como já vos contei, o processo disciplinar que me foi instaurado por não terem sido cumpridos os prazos legais estabelecidos pela DREN, terminaram com aplicação de pena suspensa e com a deliberação de não constar do registo biográfico. Tudo porque a direcção da EB1/JI não sabia qual o conselho escolar que deveria fazer a reavaliação da aluna, não tinha recebido instruções sobre esse facto, ninguém as sabia dar na DREN e o próprio técnico superior pedagógico, depois dos insultos proferidos, resolveu informar oralmente a direcção da escola que era o conselho escolar que estava em exercício naquele momento. Erradamente. Depois da reavaliação efectuada, a DREN sempre através do mesmo funcionário informou por escrito que, afinal, quem deveria fazer a reavaliação seria o conselho escolar que considerou retida a aluna.
Tudo isto se passou há mais de 6 anos, claro. Como já repararam, não falo em coordenador de estabelecimento mas sim em direcção de escola, como havia ao tempo, com as figuras de director/a e de subdirector/a. Não falo em agrupamento vertical nem horizontal. Os colegas que me lêem conseguem contextualizar.
Todavia, há quem não o consiga fazer. Há quem tenha perdido a memória e não se recorde de factos com mais de 6 anos. Há quem dê o seu número de telefone convicto de que vai ter o prazer de repetir insultos. Há quem goste de chamar mentirosos aos outros. Há quem, passados estes anos, continue a dizer que os outros só sabem escrever textos confusos. Há quem sacuda a chuva do capote. Há quem não reconheça nada nem ninguém. Tudo lhe é estranho.
Querem a prova disso? Aqui está meus caros, a resposta do professor Fernando Charrua, integralmente copiada do comentário que deixou em 28 de Maio. Mais palavras para quê?
Saudações calorosas do Francisco.
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