Espaço de Provérbios
"Quem conta um conto aumenta um ponto..."
Acho que ainda vou a tempo de contar-vos uma história verídica, passada há cinquenta e sete anos. Não que eu queira revelar a minha data de nascimento, mas como tem a sua piada aqui vai: nasci a 24 de Julho de 1950, isto é, um mês após o S. João.
Mas antes da história, gostaria de partilhar convosco uma associação de palavras que me ocorreu ao ler os vossos comentários (especificamente sobre o S. João) gerando uma brincadeira linguística. Assim, o nosso amigo Francisco referiu que iría dar umas " marteladas" ao que o António retorquiu, o que eu acho muito bem, se o Francisco trocava o alho-porro pelo martelo de "plástico" (claro!).
Então, se dar com o martelo são "martelada(s)", será que dar com o alho-porro serão "porrada(s)" Xi! Não sei qual será melhor...
Mas, voltando à história. Vocês prometem que, volvidos que são cinquenta e sete anos, não virem cobrar nada de nada (nem sequer pedidos de justificação)?! OK? Está prometido.
Pois andava eu na barriguinha da minha mãe com oito meses e lá foram os meus pais ao S. João do Porto.Imaginem uma senhora grávida naquele aperto...E quem não gosta não vai! Mas imagem, então, durante mais de 1 hora, mas mais, um fulaninho a dar e dar e tornar a dar com o alho-porro na cabeça da minha rica mãe (lembram-se de eu já ter dito que era e é muito bonita?). E não vão cair em cima de mim, pois não? Olhem que eu ainda estava na barriga da mamã! e VOCÊS PROMETERAM! Pois, eu sei que não se faz (até custa escrever...). Mas lá vai: A Senhora grávida não aguentou mais e pimba: fOI AO ALHO-PORRO E PARTIU-O. É, é isso mesmo. Aqui, devo apresentar o nosso pedido de desculpas (meu e da minha mãe). Quanto à posição do meu pai, pois foi sermão e missa cantada para a minha mãe porque isso NÃO SE FAZ!!!
Olhem que, para a via judicial, o prazo de julgamento deste caso já prescreveu!
Também se percebe o tipo de mulher que será a minha mãe, isto é não faz mal a uma mosca mas quando a mostarda lhe chega ao nariz... é uma MULHER muito decidida.
Noutro S. João, mas cá em Espinho, no Rio Largo, tinha eu os meus dezasseis anos quando me acontece outra peripécia: levei no meu olho esquerdo com o alho-porro! Mas mesmo o alho!! Fora as vezes que apanhei com o dito alho na cabeça. E lá fui eu para casa com o olho do tamanho dum grande nabo...
Que me desculpem Os apaixonados pelo S. João, não pretendo magoar ninguém ( com ou sem alho-porro) mas questiono-me: Será por estas histórias, que não aprecio festas, apertos, confusão? Viajar, isso sim!
Bem, não podia terminar sem elogiar o lindíssimo fogo deste ano, do qual vi un excerto pela televisão...
E mais um provérbio:"Gostos não se discutem" e é por isso que somos "TODOS IGUAIS, TODOS DIFERENTES".
Sejam felizes, cada dia!
Um abraço de Maria da Graça
Os meus links