Acabei de ver o telejornal de hoje no canal 1. E o que vi de especial que me obrigasse a vir aqui desabafar? Enquanto as imagens da peça jornalística passavam a mostrar um tal Xavier que já tinha sido piloto de automóveis e agora era sapateiro ou arranjava sapatos, a legenda dizia qualquer coisa como isto:«...piloto de automóveis que agora concerta sapatos...» Esfreguei os olhos para ver se eu estava a ver mal mas quando parei, lá estava a mesma prosa. Isto foi mesmo no final do telejornal e esperei até ao fim para ver que a edição do mesmo tinha sido da responsabilidade de António Nunes. Sabem o que me apetece dizer? A senhora ministra da educação claro que não tem culpa. O ministério da educação claro que não tem culpa. Culpa, sim, a culpa é dos Portugueses que não se impõem e não dizem que rejeitam este processo de passar alunos sem conhecimentos. Culpa têm os Portugueses em não dizer que rejeitam administrações de empresas como a RTP que permitem que funcionários que debitam prosa com erros ortográficos de palmatória para os olhos do público sejam admitidos nos seus quadros. E está tudo bem no reino. O sucesso escolar aumenta. As retenções diminuem. A estatística é reluzente e ofusca os olhinhos da comissão europeia. O rei vai nu, realmente. Erros destes lidos por milhares de telespectadores... Destes e de outros porque eles são cada vez mais. Direi até que são na razão directa do sucesso escolar, ou seja, quanto mais sucesso escolar, mais erros ortográficos. Ai senhora ministra, só lhe digo uma coisa: se aqueles que foram os seus professores primários, ou da instrução primária, ou do 1.º ciclo, como lhe queira chamar, não lhe tivessem aplicado o princípio da palmatória por cada erro ortográfico ou por cada conjunto de 4 faltas, não sei se a senhora hoje era a ministra da tutela. É que, se me permite, não estou a ver uma ministra a dar erros destes... Saudações ortográficas do Francisco.
Os meus links