Este fim-de-semana, foi passado lá para o Douro e de forma bem animada. Já tinha a pulga atrás da orelha, pois o Professor José Hermano Saraiva, há algumas semanas atrás, tinha referenciado no seu programa televisivo a Festa da Lagarada Tradicional, em Celeirós do Douro no concelho de Sabrosa.
Celeirós dista 5 km da sede do concelho, tem uma área aproximada de 525ha e apenas 267 habitantes; possui um património histórico-cultural constituído por cinco casas senhoriais com seus bonitos brasões de armas, pela igreja matriz e por duas capelas particulares, sendo uma delas um exemplar de arquitectura barroca do século XVIII.
Chegamos a Celeirós na sexta-feira ao fim da tarde, entrámos com a autocaravana pela aldeia abaixo, mas com muita dificuldade, pois as ruas eram estreitas demais e quase... quase... que não vínhamos aldeia acima!... Felizmente estávamos a ser seguidos por um morador atento, que nos deu todas as indicações para que não ficássemos “encalhados” e, assim conseguimos um lugar de cinco estrelas para nos acomodarmos.
A pé, pelo meio da aldeia, fui-me apercebendo da alegria e empenhamento que os habitantes punham em tudo que faziam. Onde parássemos, havia sempre motivo para troca de palavras e brincadeiras – parecia que já fazíamos parte daquela gente! Deve ser bem salutar viver em lugares assim...
Num armazém antigo estavam oito enormes lagares comunitários, feitos de granito, interligados entre si e já com mais de 200 anos. Havia uma correria constante de pequenas camionetas de carga, vindas de diversas quintas a despejarem as uvas nos lagares e, claro está, que se ia depenicando aqui, ali e acolá!...
Os preparativos para a festa não paravam envolvendo pessoas de todas as idades, pois havia muita vontade de trabalhar e trabalho para toda a gente. Foram montadas pequenas barraquinhas onde iria funcionar a Feira dos Sabores e do Artesanato.
Já era bem tarde quando recolhemos, mas o trabalho daquela gente estava bem longe do fim.
No sábado de manhã, davam-se só os últimos retoques para que nada falhasse.
Os acepipes servidos nas barraquinhas eram diversos, sendo uns confeccionados em casa e outros ali, na rua, mesmo junto dos clientes; os aromas das sopas e dos grelhados cruzavam-se no ar afiando o apetite. O vinho aparecia por todo o lado e era quase obrigatório provar, ou beber, para que ninguém ficasse melindrado. Um grupo de Gaiteiros de Miranda do Douro e outro grupo de Concertinas de Felgueiras, não paravam de tocar, fazendo as pessoas vibrar de alegria. Já tínhamos feito a inscrição prévia e estávamos devidamente equipados, para a pisa do vinho. Entrámos para um dos lagares e então foi um tal pisar, conversar, rir, cantar, brincar, dançar... Nunca tinha experimentado sensação igual e fiquei pasma como é possível ir buscar tantas energias a convívios tão singelos como este.
Se forem a alguma lagarada, tenham cuidado, pois as pernas ficam a doer bastante e os pés ficam mesmo da cor do vinho. Se souberem, por favor deêm--me a receita para os meus pés voltarem à cor normal.
Bem haja quem promove eventos como este, pois em Portugal temos muitas tradições que merecem não serem perdidas com o tempo.
Um abraço da Porcina
Veneza, é uma cidade flutuante, que foi construída durante séculos, sobre as ilhas baixas da lagoa veneziana e os seus alicerces estão feitos com estacas de madeira, fincadas numa base de argila; os canais são as ruas e avenidas da cidade, que foi uma entrada privilegiada, dos viajantes que chegavam à Europa, vindos do Oriente
A cidade de Veneza, estava na minha mente, já num passado bastante remoto e, nestas férias consegui realizar este sonho. Partimos (eu e o meu Luís) para uma grande aventura, em direcção a Lourdes, Pavia, Milão, Pádua e finalmente chegamos a Veneza… Em Mestre, bem cedinho, apanhamos o comboio, que nos levou até à estação de Santa Luzia para aí tomarmos o vaporeto que nos levaria até à Praça de S. Marcos, conhecida pela sala de visitas dos turistas. O percurso durou cerca de quarenta e cinco minutos, que foram bem vividos , pois a cabeça não parava de rodar e rodopiar, para conseguir tirar o maior partido da viagem. Edifícios monumentais, sendo alguns deles utilizados para habitações, hóteis, restaurantes e casino, orlavam os canais. Numa grande azáfama, já andavam os barcos-táxis, os barcos de entrega de mantimentos, o barco-ambulância, o barco-polícia, o barco..., enfim, todo o tipo de barco-transporte essencial para que uma cidade possa servir e ser servida.
A Praça de S. Marcos está delimitada por edifícios famosos, vendo-se ao fundo a fachada da Basílica de S. Marcos, o Campanário revestido a tijolo, a Torre do Relógio e o Palácio Ducal. Existem também grandes galerias, com um comércio variado e famosos cafés, que estendem as suas esplanadas pela praça, onde pequenas orquestras competem entre si, tocando músicas clássicas e populares.
A Basílica, no seu interior, é de arquitectura bizantina e muito rica em mármores e mosaicos dourados. Relativamente à parte exterior, cada século contribuiu para o seu adorno, pois era raro um navio voltar do oriente sem trazer uma coluna, capitéis ou frisos retirados de algum edifício e destinados à igreja. Aos poucos, a alvenaria exterior de tijolos foi recoberta com mármores e outros elementos, alguns mais antigos que o próprio prédio.
A Torre do Relógio, construída no final do século XV, exibe as fases da lua e os signos do Zodíaco, representados em azul e dourado no grande relógio; no cimo está a figura do leão alado, símbolo da cidade de Veneza.
O Palácio Ducal, mostra o poder e a glória de Veneza do século XII, com obras de Bellini, Carpaccio, Tiziano e, principalmente, Tintoretto.
Na Praça de S.Marcos, fiquei surpreendida com as cotoveladas e pequenos encontrões que fui levando, pois o número de turistas era muito grande, mas impressionou-me mais ainda, o número de pombos rechonchudos que andava no meio da multidão, pois eram em número superior ao das pessoas. O segredo para aquelas aves estarem tão gordas, era haver vendedores ambulantes a fornecerem(venderem) pequenos saquitos com seis a dez grãos de milho por um euro; certamente teriam na mistura algum grão de ouro!...
Andei na famosa Ponte de Rialto, pois aí podemos ver toda a beleza e extensão do Grande Canal. Em relação às Gôndolas, fiquei boquiaberta com a decoração das mesmas, pois todas elas são veludos e sedas e não param de circular!...
A Praça da Palha é um local de tentação, pois é cheia de barracas que vendem de tudo um pouco, não faltando colares de coral, pedras e cristal ( ou plástico); as máscaras de Veneza são aos milhares e algumas delas também já parecem ter milhares de meses ao sol.
Andei por ruas e ruelas, por todo o lado havia água e encontrava novos encantos. Foi maravilhoso!!!...
É verdade... Já me esquecia de vos dizer, que não me esqueci de comer o famoso Sorvete Italiano.
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